Processo licitatório foi feito em oito lotes para aquisição de 29 mil kits...
Na manhã de ontem (10) os envelopes foram abertos e Cascavel
oficializou a lista das empresas que deverão fornecer 29 mil kits de
materiais escolares aos alunos da rede municipal de ensino de Cascavel. A
boa notícia é que, se Cascavel estava disposta a pagar R$3,5 milhões
por estes kits, o resultado da licitação apresentou um montante bem
inferior: R$1.233.375. O processo, dividido em oito lotes de acordo com o
tipo de material, será fornecido através de seis empresas. Conforme o
município, 15 participaram do processo. A conta será paga com recursos
próprios do município.
As empresas MPF de Almeida, Limpesul, Tolote e MP3 venceram um lote
cada. Já as empresas Ônix e Schuster Cascavel venceram dois lotes cada. O
lote mais significativo (R$627 mil) ficou com a empresa Ônix. O kit
mais básico - que será ofertado para os alunos do EJA (Ensino de Jovens e
Adultos) - é composto por dez itens: agenda, apontador, borracha,
caderno universitário, estojo, lápis, lápis de cor, kit geométrico e
canetas. O kit mais caro - que será fornecido a alunos do 1º ao 3º ano
do Ensino Fundamental - é composto por 15 itens: uma agenda escolar, 2
apontadores, 3 borrachas, 11 cadernos, uma caixa de caneta hidrográfica,
com 12 cores, uma cola líquida, um estojo, uma caixa de lápis de cor,
quatro lápis preto, uma tesoura, uma régua e uma caixa de giz de cera.
Também haverá um kit para reposição que ficará disponível em cada sala
de aula.
Para o presidente do Siprovel (Sindicato dos Professores da Rede
Pública Municipal de Ensino de Cascavel), Amilton Peletti, nem todos os
materiais adquiridos são, de fato, necessários aos alunos.
“Alguns materiais não são necessários para distribuição gratuita. Estojo e agenda são exemplos”, comentou.
A personalização de alguns materiais – como a agenda que trará o hino
do município – também seria um investimento desnecessário, para o
sindicato. Em comparação a este “investimento desnecessário” Cascavel
estaria dando as costas ao que deveria ser tomado como prioridade.
“O alto investimento previsto para a compra destes kits, demonstra que tem dinheiro, mas nem sempre se investe no que é realmente necessário. A estrutura física de algumas escolas está bem carente, necessitando de uma intervenção urgente. Também é preciso investir mais na valorização dos profissionais da educação”, comentou.
Fonte: CGN
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